sábado, 12 de novembro de 2011

O Laboratório da Esquina

O Laboratório da Esquina


''Ontem eu vi os ratos,
brancos, negros, manchados, amarelos, vivos, quase mortos
com seringas importadas espetando os pés,
cabeça, pernas, braços, alma e fé,
está na moda, é diferente e igual a todo mundo
são livres, não são? Não...Sãos não estavam!
Era quase meia noite e o sistema estava ligado,
pros ratos de laboratório, cobaias humanas,
o sistema nunca fica em ''stand by'',
alguns sorriam, outros não existiam mais pra si
anestesia, adormece, contagia e esmorece.
São ratos,
São fatos,
Rebeldes natos,
fabricados nas cadeiras da libertinagem,
tudo em nome do amor, amor que não conhecem,
amor que não existe, amor que não ama,
amor que finge e subsiste, subjuga...Subprodutos,
de uma nova guerra mundial:
A crise do ser e do ter e quando um rato está para morrer,
ainda consegue tirar lágrimas de nós,
quando vemos a agonia dos ratos nos laboratórios infernais,
agonizando num espírito suicida, desconhecendo o que na vida vale a vida
e pedindo para sobreviverem em paz''.