sábado, 12 de novembro de 2011

O Laboratório da Esquina

O Laboratório da Esquina


''Ontem eu vi os ratos,
brancos, negros, manchados, amarelos, vivos, quase mortos
com seringas importadas espetando os pés,
cabeça, pernas, braços, alma e fé,
está na moda, é diferente e igual a todo mundo
são livres, não são? Não...Sãos não estavam!
Era quase meia noite e o sistema estava ligado,
pros ratos de laboratório, cobaias humanas,
o sistema nunca fica em ''stand by'',
alguns sorriam, outros não existiam mais pra si
anestesia, adormece, contagia e esmorece.
São ratos,
São fatos,
Rebeldes natos,
fabricados nas cadeiras da libertinagem,
tudo em nome do amor, amor que não conhecem,
amor que não existe, amor que não ama,
amor que finge e subsiste, subjuga...Subprodutos,
de uma nova guerra mundial:
A crise do ser e do ter e quando um rato está para morrer,
ainda consegue tirar lágrimas de nós,
quando vemos a agonia dos ratos nos laboratórios infernais,
agonizando num espírito suicida, desconhecendo o que na vida vale a vida
e pedindo para sobreviverem em paz''.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Desperte!!!

Se você não acordar por conta própria, a vida vai te derrubar da cama sem nenhuma compaixão...Ainda que o o som do despertador das lágrimas te interrompa o sono, levante-se neste exato momento, não deixe a vida tirar teu cobertor e gritar nos teus ouvidos...Valorize as pessoas que te valorizam, e as que não te valorizam também, porque elas também estão dormindo...Embora o descaso condene e corte como espada afiada, o amanhã virá fazendo o balanço geral e nos dará a recompensa do que plantamos...ou não...

domingo, 14 de agosto de 2011

Eu Nasci Ontem

Eu Nasci Ontem

É preciso saber na vida o que vale a vida
e o que na vida não vale a vida.
É preciso saber que o pecado é mortal não porque disseram,
mas porque aniquila a essência que habita dentro de nós.
Descobri que nem todas as rosas são vermelhas
e quanto tempo depois do casulo vivem as borboletas,
percebendo que não havia descoberto a pólvora,
nas idas e vindas quantos caminhos são sem volta,
e que a maioria deles entrei por pura revolta
esquecendo que já estava perto o amanhecer.
Não sabia que eu nasci ontem
e que na voracidade do dia chamado hoje
sepulto mais uma vez o que não faz parte de mim,
na esperança que amanhã renascerei novamente
sabendo e aprendendo coisas que eternamente são existentes
enquanto tenho princípio, meio e fim.
E por falar em fins,
não é certo que se justificam todos os meios
na guerra da vida com seus contratempos,
apenas para matar os leões que se achegam a ti.
Aprendi que mais honroso do que o desembainhar da espada
são os olhos de verdade penetrando o ser,
 tendo como escudo o poder do silêncio
quando o tempo se torna o único aliado que enxergamos ter.


sábado, 13 de agosto de 2011

Cruz X Espada

Cruz X Espada

Se é pra falar de amor que seja decentemente
pois meu ódio à paixão é algo latente
sabendo que a mesma é entorpecente
onde sabe-se que faz mal
mas seu efeito deixa dormente

O amor é compassivo
se importar com outrem é se importar consigo
ainda em meio à dor de pregos e cravos
é superior ao brilho da espada
que somente conhece atos possessivos

A paixão quero longe de mim
não se sabe ao certo qual será o seu fim
é jogar dados sem tabuleiro
esperando que os números sejam inteiros
 pra juntar o que sobra nesse ínterim

Mas embora eu seja apaixonado pelo amor
vivendo na ambiguidade do gelo e da dor
ainda te quero perto de mim

Guerra Mundial

Guerra Mundial

Não invada o meu mundo como invadi o teu
não te dei liberdade de habitar no meu
fui somente um intruso te observando

Não consigo amar sem sentir saudade
não consigo beijar sem ter vontade
e se oro é porque sei que existe DEUS

Suas mentiras com pitadas de verdade
sua indecisão baseada na realidade
não me assustam e nem me fazem acreditar
que no teu mundo todo concreto é absurdo
e você não se preocupa quando picham os muros
fazendo disto tua sala de estar

Prefiro as rosas ao invés de cada dor
prefiro ainda o singelo feito com muito vigor
embora você ache tudo inútil
tenho ainda sentido para a vida
e não conheço o espírito suicida
porque diferencio o precioso do que é fútil

Fechei as minhas portas e as janelas da minh'alma
olhei pelos vidros aquela linda estrela d'alva
sabendo que o meu mundo é que tem mais cor
enquanto isso os cavalos vão passando
a tua tropa toda armada às ordens se ajustando
porque não conhecem nem sentem o que é o amor



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Paradoxal

PARADOXAL

A lei da gravidade não me deixa mais pra baixo
depois que aprendi a jogar os dados de olhos vendados
sentindo a brisa do amanhecer
insistindo na ''criancice'' do ser confuso
vivendo a ''adultice'' de acreditar em tudo
mas sempre duvidando e querendo ver pra crer

Falo sempre o que você deseja ouvir
te trago a sinceridade que há dentro de mim
na imaginação de que hoje é o meu dia
com a tua resposta de que não sabia

Imagino tudo que na verdade já vi
riu da vida antes que ela ria de mim
sabendo que há sentença para os ''poderosos''
sonho as vezes acordado
e me pego pensando de olhos fechados
nos ''amanhãs'' mais gloriosos

Nem sempre o leite derramado se foi
é que você não soube pra quem chorar
a esperança há tempos não morre 
não faça o viver mais um hobby
pois amanhã podemos não acordar










quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cinema

CINEMA


Eu não sei porque insistir
nesta angústia de ver os cartazes me convidando
de ver filmes pelos quais o final ja andei citando
conheço bem

Na verdade a história é vulgar
e assassina o que ainda resta dentro de mim
os valores estão invertidos
a donzela é quem foge antes de o mocinho dizer o sim

Não entendo porque eu consigo viver assim
vendo filmes e filmes cujos finais estão dentro de mim
na esperança ainda que um dia
o roteirista perca a caneta
e não se espelhe mais no sistema
e eu diga ''Te amo'' e...fim

Os ingressos já estão comprados
mas a cada passo fica mais perto a escuridão
onde brilha uma tela mágica
onde tudo é válido e na verdade não
é só soltar nossa doce imaginação
E nessa ansiedade não percebi
as entradas estavam em suas mãos

Será que posso pegar em tuas mãos?
Me desculpe por acordar você
este era o filme que agente via
E quando mais o coração batia...
Acenderam-se as luzes e notei
já eram cinco minutos de um novo dia
a carruagem já não existiria mais